No passado dia 20 de março, Dia Internacional da Felicidade, no que era suposto ser uma tranquila tarde de sábado, fui sobressaltado por uma iniciativa da equipa da ATLAS que nos presenteava com uma Matiné do Riso. A sessão seria facilitada por José Santos, Embaixador do Yoga do Riso em Portugal, e a assistência era desde logo convidada a não se inibir de soltar muitas gargalhadas! Mas, perguntarão os caros leitores, porquê o sobressalto? Por causa do “ioga do riso”.
Para mim, um ignorante nesta matéria, ioga é uma prática meditativa associada a exercícios físicos que esticam até aos limites (!) os músculos, tendões, nervos, articulações, tudo num ambiente de grande calma e infinita placidez. Como seria possível rir nestas circunstâncias? Na melhor das hipóteses, a ideia de estalar articulações e repuxar músculos poderia, quando muito, provocar risos nervosos! Confesso que tinha hesitado em me inscrever na sessão. Mas… a atração pelo abismo foi muito grande e lá fui à sessão… era em Zoom e, enfim, havia sempre a possibilidade de haver uma falha de comunicação mesmo a propósito…
Lá fui… e ri-me muito,
mesmo sem ter saído da cadeira!
Ri-me eu, e riu-se a assistência composta por beneficiários, simpatizantes e voluntários que preenchia bem a “sala” do Zoom. E rimo-nos de quê? Do riso! Sim, rimo-nos do riso! A sessão, muito animada e entusiasticamente conduzida por José Santos, constava essencialmente de exercícios físicos (leves, leves, aah, deste ioga gosto eu!) acompanhados pela vontade de cada um de nós rir, porque rir é o que queríamos fazer naquele momento, porque rir é bom, porque rir não paga IVA, rir porque sim, rir porque num tempo onde tantas ideias são atualizadas, podemos atualizar o clássico ditado “quem canta seus males espanta” para “quem faz ioga do riso sua vida leva com um sorriso”. Estou a ser demasiado otimista? Talvez, mas riso a riso vai a vida enchendo o papo!
Ficou o sorriso de cada um de nós.
E, sobretudo, caros leitores, ficou o sorriso de cada um de nós no fim da sessão! Como foi bom sentir que uma assistência tão alargada tinha partilhado momentos agradáveis e de muita cumplicidade! Sim, cumplicidade, porque rirmo-nos uns para os outros, muitas vezes sem nos conhecermos, apenas porque queríamos todos rir, sim, foi um exercício de cumplicidade radical! Deste fim de tarde, ficou em mim, e creio que na assistência, a recordação da felicidade de uma tarde de riso partilhada!
Mas afinal o que é o ioga do riso? Agora sim, rio de nervoso, mesmo estando apenas sentado na cadeira donde escrevo, sem ter de fazer exercícios físicos que esticam até aos limites os músculos, tendões, etc.: Não sei o que é o ioga do riso! Mas sei que existe porque vivi-o mesmo que apenas momentaneamente! Prometo que numa próxima newsletter saberei do que agora escrevi! Até lá, não se inibam de rir sempre que possível, mesmo que seja apenas desta minha ignorância!
Sintam-se convidados e convidadas a conhecer mais sobre o trabalho do José Santos: aqui
Autor
Rui Bingre
Voluntário no Projeto Velhos Amigos
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