Longe de tudo, perto do essencial
No coração do Gungo, em Angola, um grupo de profissionais de saúde voluntários da Atlas, Profissionais do Hospital de Santo André, descobriu que a medicina vai muito além da técnica. Descobriram que cuidar é, antes de tudo, escutar o sofrimento e partilhar a esperança.
Num lugar onde quase nada existe nem medicamentos, nem equipamentos, nem condições mínimas, o gesto de cada voluntário transforma-se num milagre quotidiano.
Esta missão lembra-nos que a solidariedade não é um luxo, é uma necessidade profundamente humana. Leva-nos a perceber que, por vezes, o que mais cura não é o que levamos, mas o que deixamos: a presença, o exemplo e o amor em ação.
Esta Missão Médica ao Gungo foi promovida pela Atlas, financiada pelo Programa Saúde nos Junta, da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde e contou com o apoio do Hospital de Santo André e com o Grupo Missionário Ondjoyetu (ligada à Diocese de Leiria-Fátima e à Diocese do Sumbe).
“Sinto que sou uma privilegiada por ter integrado esta missão, que não só me enriqueceu profissionalmente, expondo-me a uma realidade médica bastante diferente da que estou habituada, mas que também me encheu a alma com os ensinamentos que recebi e com a sorte de ter trabalhado lado a lado com um grupo extraordinário de voluntários.
Apesar da resiliência deste povo, a escassez de recursos no Gungo é chocante, revelando a necessidade e a urgência da nossa ajuda!”
Dra. Vânia Martins

“Do Gungo, a memória mais marcante que trago é a da gratidão de um povo. Gente que “nada” tem, mas que até o “nada” oferecem para mostrar o seu profundo agradecimento. É um povo cativante, que me faz dizer que 85% de mim voltou…o restante ficou lá…e não volta.
Não é difícil fazer a diferença num sítio que precisa de tudo. A maior necessidade é a de pessoas que levem o seu conhecimento e experiências e os ponham ao serviço da missão, que é cuidar daquela gente.”
Enfermeiro Gonçalo

“A missão no Gungo foi uma das experiências mais marcantes da minha vida. Tive a oportunidade de conhecer pessoas extraordinárias, partilhar conhecimentos e aprender com uma comunidade que, apesar das imensas dificuldades que enfrenta, vive com uma alegria e solidariedade inspiradoras.
Volto de coração cheio e com certeza de que o voluntariado nos transforma.
Sinto-me igualmente grata por ter partilhado esta experiência com a melhor equipa que podia ter encontrado.”
Enfermeira Margarida Santos



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