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Do Assistencialismo à Solidariedade


O meu nome é Hélia Carla Amado Rodrigues, nos últimos anos trabalhei nas áreas do acolhimento residencial de crianças e jovens em perigo e formação/ensino. Invisto de forma continua na minha capacidade de ser útil nos valores de – cooperação e solidariedade de reciprocidade – com o objetivo de me acrescentar na elasticidade/plasticidade cerebral nas diferentes dinâmicas sociais, sobretudo fora da minha zona de conforto. Procuro sair da minha moldura/caixa dos afazeres diários, contribuindo assim para o crescente da minha criatividade de soluções, onde possa ser significativa nas pequenas ações que espero terem impacto nos seus usuários/recetores. Escolhi doar tempo e solidarizar-me com a Atlas no seu projeto – Velhos Amigos.


Assistencialismo vs Solidariedade

Proponho neste parágrafo a reflexão breve entre – assistencialismo vs solidariedade, numa linha da distinção para a sua união, ou seja o assistencialismo com uma vertente moral caritativa da dádiva aos desvalidos (tratar dos pobrezinhos) para uma visão assente nos prismas da solidariedade de reciprocidade[1], a responsabilidade da ação voluntária com paridade de decisão, entre o dador e o recetor, desemboca na solidariedade.

Sendo assim, um voluntariado substantivo da condição humana nas diferentes dimensões inerentes[2], e, recusar a ação de voluntariado numa base no sentido único da dádiva do assistencialismo com uma dependência das políticas do estado ou do excedente da economia de mercado, emancipá-la para – aquela que promove e que não assiste só -, torna-la num contributo para as tomadas de decisões políticas com base no conhecimento da prática do fazer e do estar, para uma ação assertiva do e com o SER.

Importa sentir que não basta só dar mas envolver os recetores nas decisões, tornando-os assim os decisores com projeções para o e com futuro – agentes ativos da própria mudança.

45 frases de solidariedade que vão te ajudar a praticar esse ato

[1] Conceito de reciprocidade: dar sem esperar receber em troca; receber sem sentir a obrigação de dar em troca; e, trocar bens e serviços sem importância mercantil / lucro.

[2] Como a: social, sistémica, política, económica, ambiental, territorial, cultural, cognitiva, ética, entre outras


Autora
Helia Carla Amado
Educadora Social e voluntária do Projeto Velhos Amigos na Marinha Grande

Comentário (1)

  1. REPLY
    Dora R. diz

    Parabéns Hélia. Muito bom.

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