O sentimento de solidão, para muitos de nós, é uma condição temporária que surge com uma mudança na nossa vida, como ir morar sozinho, mudar de cidade ou por motivos de doença. Para outras pessoas, consiste na falta de ligação com outras pessoas tornando-se assim, em situações extremas, numa solidão crónica.
Mas o que é a solidão crónica?
A solidão crónica é um termo para descrever a solidão entendida por um longo período de tempo e, embora tanto a solidão como a solidão crónica não sejam condições particulares da saúde mental, podem afectar tanto a saúde mental como a física.
Para alguns investigadores, tanto a solidão como a solidão crónica, podem afectar o cérebro de maneira semelhante a uma dor física, podem prejudicar o sono, aumentar o risco de demência assim como aumentar o risco de morte prematura.
Vários estudos já revelaram que o sentimento de solidão aumenta com a idade. Este ano, com o aparecimento e evolução epidemiológica do Coronavírus (Covid-19), intensificou-se o risco de solidão na população idosa. Sem a possibilidade de estabelecerem contactos sociais, os sentimentos de medo, ansiedade e frustração tornaram-se mais visíveis, fazem com que a solidão pareça mais real. Se para uns a solidão, nesta epidemia, foi ou é temporária, para outros, principalmente os mais idosos, deixou-os ainda mais sós.
O que podemos fazer para aliviar essa solidão?
- Devemos manter-nos em contacto com os nossos idosos via telefone, ou para quem tenha via video-chamada;
- Fazer visitas curtas, ficando à porta;
- Fazer voluntariado numa Associação ou instituição que apoie esta população mais vulnerável.
“Que agradável surpresa é descobrir que, no fim das contas, estar sozinho é o necessariamente a mesma coisa que se sentir sozinho”.
Ellen Burstyn
Autora: Claúdia Silva
Formada em Psicologia Sistémica e Familiar, com formação em Terapia do Luto com crianças e adultos. Atualmente é responsável pela ação da ATLAS em Coimbra.
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